Como alimentas o teu cão?
Com ração ou com carne?
Quando fui buscar o Apollo, o criador aconselhou-me uma marca específica de ração, o que é perfeitamente normal acontecer, por parte dos criadores.
No entanto, apenas usámos essa ração durante 2 ou 3 semanas, porque quando li a lista de ingredientes, verifiquei que continha amido de milho e outras “substâncias suspeitas”!
Nessa altura estudei os ingredientes que entravam na composição de várias rações e tentei encontrar a mais natural possível!
Como já deves saber, eu preocupo-me em fazer uma alimentação saudável e por isso não ingiro grãos, nem alimentos com glúten ou açúcar e consumo pouquíssimos hidratos de carbono.
A minha preocupação é com toda a minha família e o Apollo faz parte dela, por isso optei por uma ração livre de grãos, cereais, OGMs (organismos geneticamente modificados) e afins.
Esta foi a alimentação do meu Amstaff (American Staffordshire Terrier), durante cerca de 6 meses.
Mas, por ironia do destino, o Apollo enjoou a ração e, frequentemente, tinha alguns problemas de pele!
Então, comecei a estudar formas de alimentação que nos ajudassem a resolver os problemas de pele do Apollo.
Nas pesquisas que fiz, descobri alguns Blogs de veterinários americanos, outros brasileiros, até que descobri um livro de uma veterinária portuguesa, que me deixou verdadeiramente surpreendido…
Tudo o que li, me levava na mesma direção…
Dieta Carnívora!
Inesperadamente, comecei a pensar em testar esta Dieta no Apollo, mas confesso que tinha algum receio, porque isso implicava dar-lhe carne crua com ossos!
Na altura, o treinador do Apollo deu-me o empurrão que precisava e comecei a fazer-lhe esse tipo de alimentação!
Ele conhecia bem esta Dieta, defendia-a, aconselhava-a, porque também a implementou nos seus próprios cães.
A comida que selecionamos para os nossos “amigos de 4 patas”, é um tema que pode gerar bastante controvérsia…
De uma forma geral, os veterinários acreditam que os gatos são carnívoros, mas no que diz respeito aos cães, existem algumas divergências…
Uns acreditam que os cães são carnívoros facultativos, mas outros acreditam que são omnívoros.
Em primeiro lugar, existem provas contundentes de que o cão é descendente do lobo, um animal carnívoro.
Em segundo lugar se estudares a fisiologia do seu sistema digestivo, verificas que apresenta todas as caraterísticas de um animal carnívoro.
Assim, aconselho-te a alimentares o teu cão, tendo em conta a sua evolução e a estrutura do seu sistema digestivo!
Perante isto, não há dúvida de que os cães são carnívoros e não omnívoros.
Todos os cães selvagens, assim como os lobos, são carnívoros facultativos!
Eles caçam em matilha e apanham, essencialmente, presas pequenas, embora também possam caçar animais de grande porte.
Esta é a sua Dieta original!
No entanto, quando não conseguem uma presa, acabam por consumir bagas, algumas frutas que se encontram no chão, assim como pequenas quantidades de erva.
Mas, tudo isto é ingerido de forma irrisória, ou seja, em quantidades muito pequenas e infrequentes.
A quantidade de hidratos de carbono que contém estes alimentos é muito baixa, em relação hà que está presente nas rações modernas.
Os cães, fisiologicamente, não necessitam de hidratos de carbono na sua alimentação!
Eles apenas precisam de gordura e proteína, para manterem normais os seus níveis de glicose no sangue e no cérebro.
Realmente, eles comem qualquer coisa que lhes ofereças…
Seja para te agradar ou porque lhes estimulou o olfato, embora não estejam, geneticamente, adaptados a esse tipo de alimentos.
Existe o mito de que eles comem o estômago das presas, onde se podem encontrar restos de grãos, plantas ou erva, mas talvez seja apenas mais um mito, pois de acordo com o que estudei eles não consomem estômagos grandes, nem intestinos.
Talvez possam consumir estômagos pequenos, provenientes de presas mais pequenas, mas ainda assim, esses estômagos nunca terão grandes quantidades de plantas no seu interior.
Se analisares, a maioria das rações possui grãos, arroz, milho, entre muitos outros hidratos de carbono.
Outro dos problemas está relacionado com a origem dos subprodutos de origem animal e o tipo de gorduras que lhes são adicionadas.
A lista de ingredientes que existe na maioria das rações é pouco descritiva, o que para mim é suspeito!
Tudo me faz pensar que não existe interesse em pormenorizar a lista de ingredientes.
Além disso, penso que conseguem embaratecer o produto acrescentando grãos, em detrimento da carne!
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O formato da mandibula e a dentição dos cães demonstram que são carnívoros!
Os cães apresentam e compartilham caraterísticas fisiológicas com os seus antepassados carnívoros, os lobos, tais como a presença de dentes pontiagudos e o modo de funcionamento do sistema digestivo.
A mandibula dos cães só executa um tipo de movimento, ou seja ela apenas se move para cima e para baixo, para que consigam um maior poder de mordida, maximizando a chance de matar a presa.
Os cães, assim como todos os carnívoros, não têm dentes planos para triturar, mas sim dentes pontiagudos para rasgar carne.
O local onde se encontra a amílase prova que são carnívoros
A amílase é uma enzima que existe na saliva, tanto nos omnívoros, como nos herbívoros.
Esta enzima permite que a digestão se inicie na boca, onde se começam a decompor os hidratos de carbono ricos em amido e glicogénio, antes de chegarem ao estômago.
Os carnívoros apenas tem esta enzima no intestino delgado, o que significa que os cães demoram muito mais tempo para decompor os hidratos de carbono, o que torna as suas digestões bem mais lentas!
O sistema digestivo dos cães e a sua fisiologia demonstra que são carnívoros
Os cães ingerem uma grande quantidade de calorias de uma só vez, ao contrário dos herbívoros que passam o tempo todo, a pastar.
Portanto, além de comerem carne, só o fazem uma ou duas por dia!
Os cães têm um estômago extremamente elástico, com um Ph bastante ácido e possuem um intestino curto!
Tudo isto, são características fisiológicas de um sistema digestivo, típico de um carnívoro!
A elevada acidez do estômago e a existência de um intestino curto, ajudam na decomposição, tanto da carne fresca, como da carne enterrada e repleta de bactérias.
Ao contrário dos carnívoros, os omnívoros e os herbívoros têm estômagos com pH mais elevados e intestinos 10 vezes maiores, o que faz com que a fermentação da matéria vegetal seja mais lenta.
Um cão que ingira, frequentemente, matéria vegetal irá sofrer de problemas digestivos!
Eles tem muita dificuldade em processar matéria vegetal ou grãos, tanto assim é que quando comem erva, acabam por vomitá-la inteira!
“Mas, o meu cão gosta de comer erva”!
Existem várias teorias para o explicar, porque se lhes ofereceres alface ou outras folhas verdes, a maioria deles rejeita a oferta!
Os cães podem comer ou mordiscar ervas com relativa frequência pelo mesmo motivo que nós, humanos, sentimos, ocasionalmente, a necessidade de saborear algo diferente.
Eles sentem-se atraídos por ervas tenrinhas, frescas, cheias de água e doces, porque além de lhes saciar a a sede, estabiliza-lhes a glicose, diminui os níveis de estresse e é uma alegria para o seu paladar.
Também existe a teoria de que ao comerem ervas, eles são obrigados a fazerem movimentos regulares de mastigação, que ajudam a libertar endorfinas, que lhes inundam o corpo e a mente de felicidade.
Mas, também não se pode descartar o facto de eles se sentirem mal dispostos e comerem erva para se purgarem.
Muitas vezes eles vomitam logo a seguir, para eliminar toxinas e outras substâncias nocivas.
Embora existam várias teorias para explicar este comportamento, no caso do Apollo eu penso que a maioria das vezes que ele come ervas é para fazer uma purga!
O Apollo, quase sempre, come ervas quando se sente indisposto ou quando não tem apetite…
No entanto, um jejum de 24 horas ajudará o teu cão a regularizar o trato digestivo!
O mais sensato é pô-lo em jejum, afinal esta é uma prática a que estão extremamente bem adaptados.
Comer matéria vegetal prolonga a digestão e contribui para diluir o ácido estomacal, prejudicando a digestão.
Atualmente, eu estou a seguir uma alimentação carnívora e sei que as carnes contém todos os nutrientes essenciais à vida humana, assim como à vida do meu e do teu cão!
Os seres humanos assim como os cães, necessitam de gorduras e aminoácidos essenciais, no entanto sei que não existem hidratos de carbono essenciais!
Os carnívoros não precisam ingerir hidratos de carbono para produzir glicose, pois todos os carnívoros obtém glicose de forma natural, através de um processo, chamado gliconeogénese.
Para que ocorra o fenómeno da gliconeogénese, tu e o teu cão, apenas, necessitam de gordura e de proteína.
Nota: Existem relatos de veterinários americanos, indicando que os cães não devem ingerir lacticínios, no entanto, sempre dei ao Apollo 1 colher de sopa de kefir ou iogurte grego natural, sem detetar qualquer problema.
Conclusão
Talvez os cães tenham sido domesticados pelos Chineses já que, atualmente, ingerem arroz e grãos, assim como vários alimentos artificiais.
No entanto, isso não significa que esses alimentos sejam saudáveis para eles.
Embora, nos últimos 10000 anos, a fisiologia do cão tenha evoluído para se adaptar ao consumo de alimentos processados sem carne, esse tipo de alimentação continua a ter um impacto negativo sobre eles!
Sei que a morfologia (aparência) dos cães domésticos mudou imenso, pelas mãos do Homem, mas, a fisiologia (órgãos internos) permanece quase inalterada!
Até hoje, ainda não conheci nenhum cão com alergia à carne crua, mas já conheci muitos com reações alérgicas a rações!
Atualmente, várias raças foram modificadas geneticamente, mas espero que isso não venha comprometer a ancestralidade genética dos nossos amigos!
Certamente, que os cães podem sobreviver com rações comercializadas que incluem carne, vegetais e grãos!
Mas, não se trata só de uma questão de sobrevivência!
Tu queres o melhor para o teu amigo, queres que ele tenha uma vida longa e plena, sem doenças…
Por isso, e com base no tempo de evolução do cão (10000 anos), faz todo o sentido alimentares o teu cão com carne crua!
Termino com uma citação
“A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana” (Charles Darwin)
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